"Annuntio vobis gaudium magnum: Habemus
Papam!”
“Eminentissimum ac reverendissimum dominum, dominum, Georgium Marium
Sanctae Romanae Ecclesiae Cardinalem Bergoglio, qui sibi nomen imposuit
Franciscum."
As primeiras palavras do sucessor de Pedro, o primeiro dos apóstolos,
foram uma resposta, necessária para aceitar a eleição em conclave como Romano
Pontífice. Naquele momento concluiu-se a sede vacante, período que no coração
da Idade Média é descrito por Pier Damiani como momento até de terror: contudo
tempo oportuno (kairòs, no grego neotestamentário) durante o
qual desde sempre a Igreja tem a coragem de se pôr cada vez em jogo. Mas, com a
ajuda também da oração escondida de Bento XVI.
E eis explicado o anúncio da "grande alegria" (gaudium magnum), em uso pelo menos desde finais do
século XV e que repete o do anjo aos pastores nos arredores de Belém,
iluminando com palavras radicadas na esperança evangélica o seguir-se histórico
das sucessões papais. Nos mais antigos textos cristãos a vicissitude de Pedro
abre-se sobre o primeiro encontro com Jesus no início do evangelho de João, e é
a conclusão do mesmo evangelho que menciona o testemunho extremo do primeiro
dos apóstolos.
O pescador de Betsaida nada diz acerca de Jesus que parece reconhecê-lo ("tu
és Simão, o filho de João; chamar-te-ás Cefas, que significa Pedro"),
mas responde-lhe por três vezes no último e comovedor diálogo, reequilibrando
assim a tríplice negação: "Senhor, tu sabes tudo; tu bem sabes que
te amo".
Na resposta de Pedro está contido o destino dos seus sucessores, homens
escolhidos por homens, mas amparados pela misericórdia descrita precisamente
pelo apóstolo no chamado concílio de Jerusalém: "Nós acreditamos
que pela graça do Senhor Jesus somos salvos". E a resposta de Pedro é
a mesma que hoje, aceitando a eleição, o novo Papa repetiu.
FONTE: (http://www.news.va/)
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