Na década de
70, o religioso ajudou a abrigar mais de quatro mil pessoas que eram
perseguidas politicamente no Brasil e outros países da América do Sul. Ele
também foi referência para perseguidos políticos durante a ditadura militar e
abrigou padres, intelectuais, operários e estudantes brasileiros e estrangeiros.
Mesmo com
essas atitudes, era conservador e combatia as doutrinas da esquerda. O cardeal
participou, em 1990, da reunião que desmontou a chamada teologia da libertação,
que pretendia fazer reformas na Igreja. Junto com o amigo dom Hélder Câmara,
ele criou as comunidades eclesiais de base e a Campanha da Fraternidade. À
frente da arquidiocese do Rio de Janeiro, recebeu outro amigo: o Papa João
Paulo II, em 1980 e 1997. Na segunda visita, Dom Eugenio coordenou o encontro
mundial do papa com as famílias.
Sua renúncia
foi aceita em 25 de julho de 2001, mas Dom Eugenio continuou muito próximo do Papa
Bento XVI. Às vésperas de completar 90 anos, o arcebispo emérito do Rio de
Janeiro foi surpreendido por uma carta de felicitações assinada pelo papa.
Dom Eugenio
foi decisivo na escolha do Rio de Janeiro como sede da Jornada Mundial da
Juventude, programada para julho de 2013. Ele mandou uma carta para o Papa. “Uma carta que Dom Eugenio escreveu para o
papa pedindo que gostaria muito que o Rio de Janeiro fosse a sede do evento.
Havia outras cidades que pediam, mas a carta dele foi decisiva”, explica o
padre Jorjão.
O mais
antigo cardeal da igreja católica exerceu o sacerdócio por 69 anos, sagrou 22
bispos e ordenou 215 sacerdotes. Ele era conhecido como o homem do Vaticano no
Brasil, foi membro de 11 congregações e era muito querido pelo povo. Era um
homem de Deus que nunca teve sua fé abalada.
FONTE: (http://www.arquidiocese.org.br/);
(http://g1.globo.com/jornal-hoje/)
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