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sábado, 13 de abril de 2013

Prefeitura considera Jornada Mundial da Juventude o 'maior desafio' do Rio

A três meses da Jornada Mundial da Juventude, o Rio de Janeiro começa a se preparar para receber o Papa e os 2,5 milhões de fiéis, que prometem lotar a Praia de Copacabana e o campo de Guaratiba à espera da benção do novo pontífice. A Rio Eventos, empresa da prefeitura responsável por cuidar dos grandes eventos que a cidade vai sediar, admite que transtornos vão acontecer e considera a realização da JMJ o maior desafio da cidade, superando até mesmo a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

“Nos grandes eventos, há uma concentração prevista de pessoas em determinados lugares. Os eventos olímpicos têm um controle e previsibilidade. Já na Jornada, a quantidade de turistas e peregrinos vai aumentar cada vez mais com a proximidade do evento. Nenhum lugar no mundo está preparado para um acontecimento dessa magnitude. Transtornos ocorrerão e precisamos nos preparar”, explica Leonardo Maciel, presidente da Rio Eventos.

Para a prefeitura, o maior desafio será a mobilidade dos jovens até as atividades. “Estamos num processo de revitalização e de muitas obras pela cidade. O perfil dos peregrinos e a cultura da Jornada é de caminhada, mas ainda assim vamos ter que trabalhar em regime especial. A prefeitura, o estado e o governo federal vão trabalhar juntos. A exemplo de Madri, que parou para receber a Jornada, o Rio vai parar também. Vamos identificar os corredores em que temos que empenhar os nossos esforços", comenta Maciel.

MEGAESTRUTURA

Os números da Jornada Mundial da Juventude, que acontece de 23 a 28 de julho, são grandiosos. Um palco de 110 metros de comprimento vai ser construído no terreno de 3,5 milhões de metros quadrados, em Guaratiba, na Zona Oeste. Para dar conta de todo o trabalho, 60 mil voluntários de 150 países foram selecionados.

Palcos com atividades culturais vão ser espalhados pela cidade. Na Vigília e Missa de Envio, atos que contarão com a presença do Papa, em Guaratiba, na Zona Oeste, os peregrinos vão andar cerca de 13 km até chegar ao Campus Fidei. O terreno será dividido em 37 lotes, com 50 mil pessoas cada um. Cerca de 1,5 milhão de hóstias serão produzidas para todas as celebrações.

"A novidade da renúncia e eleição de um novo Papa e o fato do Brasil ser extremamente católico são fatores que vão impulsionar o turismo interno, porque, com certeza, é o maior evento que o país já sediou. Não há em nenhum lugar um evento dessa complexidade”, afirma Leonardo Maciel.

ATOS CENTRAIS

Os Atos Centrais são os momentos mais esperados pelos milhões de peregrinos que virão ao Rio para a Jornada Mundial da Juventude, em julho. Mesmo com a megaestrutura e palco de 110 metros de comprimento, os jovens vão poder chegar bem perto do Papa, que passeará num papamóvel blindado acenando para os jovens numa distância de um metro.

São cinco os Atos Centrais que acontecem durante todas as Jornadas, quatro deles com a presença do Papa: a Cerimônia de Acolhida (dia 25), a Via Sacra (26), a Vigília (27) e a Missa de Envio (28). Em todas essas atividades, a organização prevê que, pelo menos, 50 mil voluntários estejam trabalhando. “Desde o início do processo de preparação até agora, contamos com o trabalho de 20 voluntários atuando na parte administrativa, na seleção de voluntários artísticos, na parte musical, na liturgia, suporte aos diretores artísticos e trabalho documental. Mas na jornada, contamos com 50 mil jovens", explica padre Renato Martins, diretor dos Atos Centrais.

Padre Renato Martins revela que a programação dos Atos Centrais pode quebrar protocolos e surpreender. “Vamos ter muitas surpresas. Os jovens vão entrando em contato conosco e nós vamos aproveitando a criatividade deles. São ideias fantásticas, entre elas, teremos suspresas musicais e artísticas, mas a mais bonita delas promete emocionar. O Papa vai receber em Copacabana 1 milhão de mensagens de jovens do mundo inteiro. É uma homenagem ao novo Papa, mas onde elas vão aparecer é segredo”.

Segundo o padre, as atividades são abertas aos público e dão a oportunidade de outras pessoas participarem. "Qualquer pessoa poderá assistir a todos os Atos Centrais. Como organizador, acredito que cada momento fará os os jovens voltarem para os seus países certos de que são a grande expectativa da igreja", comemora.

PAPA-MÓVEL
O papamóvel utilizado por Francisco será o mesmo que seria utilizado por Bento XVI. Ele é blindado e anda a 20km/h. Dois veículos, um oficial e um reserva, serão trazidos para o Brasil num avião cargueiro, 15 dias antes do evento. “Não sabemos exatamente todos os momentos em que o Papa vai querer usar o papamóvel, em muitos momentos ele terá que andar em carro fechado para garantir a sua segurança, mas com certeza está previsto que ele passeará entre os jovens para ser visto e poder cumprimentar os fiéis”, garante.

QUEM ACOMPANHA

Todo o deslocamento do Papa será acompanhado pelo arcebispo do Rio de Janeiro  Dom Orani João Tempesta. Ele vai estar com o Santo Padre em todas as visitas, nas viagens de helicóptero e no papamóvel. Além de Dom Orani, também vão acompanhar Jorge Bergoglio, um secretário de Estado, um secretário particular e o cardeal Stanislaw Rylko, presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, responsável pela Jornada Mundial da Juventude no Mundo.

PALCO

Enquanto os atos culturais contarão com vários palcos espalhados pela cidade, os Atos Centrais vão contar com um palco central de 110 metros de comprimento. Em caso de problemas climáticos, a organização garante que o Papa estará protegido. “Nosso palco é muito grande e como estaremos à beira-mar, seria muito fácil o vento arrebentar a cobertura, então optamos por um palco descoberto. Caso chova, já estamos preparados, o Papa tem proteção especial e até guarda-chuva.”

Ainda não há data confirmada para a chegada do Papa no Rio, nem da volta do Santo Padre para Roma. A agenda oficial só será divulgada no final de abril. Essa é a 28º edição do evento que acontecerá entre os dias 23 e 28 de julho.

FONTE: (http://www.rio2013.com/)

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