O Brasil tem um total de nove integrantes no Colégio Cardinalício do
Vaticano, mas quatro deles já ultrapassaram a idade limite.
Os cardeais brasileiros que poderão votar são dom Cláudio Hummes, de 78
anos, ex-arcebispo de São Paulo e atual prefeito emérito da Congregação para o
Clero, dom Geraldo Majella Agnelo, de 79, arcebispo emérito de Salvador, dom
Odilo Scherer, de 63, arcebispo de São Paulo, dom Raymundo Damasceno Assis, de
76, arcebispo de Aparecida, e dom João Braz de Aviz, de 64, arcebispo de
Brasília.
Dom Eusébio Scheid, arcebispo emérito do Rio de Janeiro, está fora do
conclave por ter completado 80 anos em dezembro. Também já ultrapassaram a
idade limite os cardeais dom Paulo Evaristo Arns, de 91 anos, ex-arcebispo de
São Paulo, dom Serafim Fernandes de Araújo, de 88, ex-arcebispo emérito de Belo
Horizonte, e dom José Freire Falcão, de 87, ex-arcebispo de Brasília.
Dom Raymundo Damasceno Assis, Dom Cláudio Hummes, Dom Odilo Scherer, Dom Geraldo Majella Agnelo e Dom João Braz de Aviz.
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Um dos votantes será Dom Raymundo Damasceno Assis, de 76 anos, atual arcebispo de Aparecida e Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O Cardeal Damasceno destacou-se pelo seu empenho na organização da V Reunião Geral do Episcopado Latino-Americano em Aparecida (SP) em 2007, evento que contou com a presença de Bento XVI e que marcou a primeira viagem intercontinental do Pontífice. Ordenado bispo pelo Cardeal José Freire Falcão, foi primeiramente auxiliar de Brasília, onde permaneceu até 2004 e Presidente do CELAM (Conselho Episcopal da América Latina) entre os anos 2007 e 2011. Ele foi criado cardeal pelo Papa Bento em 2010.
Outro cardeal votante, que participou também do conclave que elegeu
Bento XVI, é Dom Cláudio Hummes, de 78 anos, Arcebispo Emérito de São Paulo e
Prefeito Emérito da Congregação para o Clero. O purpurado foi ordenado bispo em
1975 tomando posse da diocese de Santo André (SP), e foi sucessivamente
Arcebispo de Fortaleza (CE), de 1996 a 1998, quando foi nomeado por João Paulo
II Arcebispo Metropolitano de São Paulo (SP), onde permaneceu até 2006. Nomeado
pelo Papa Bento XVI como prefeito da Congregação para o Clero em 31 de outubro
de 2006 serviu na cúria romana até 2010, quando teve sua renúncia aceita por
Bento XVI. Atualmente, e mesmo sendo emérito, Dom Hummes segue servindo a
Igreja como Vigário-Geral da Arquidiocese de São Paulo, e desde 2011 é membro
da Pontífica Comissão para a América Latina (CAL).
Dom Odilo Scherer, de 63 anos, é o atual Cardeal Arcebispo de São Paulo,
a terceira maior arquidiocese católica do mundo e sucedeu Dom Claudio Hummes no
cargo em 2007. Anteriormente serviu como Auxiliar da mesma desde 2002, ano em
que recebeu a ordenação episcopal. Ao longo do seu ministério como bispo Dom
Odilo ocupou os cargos de Secretário-geral da CNBB (entre 2003 e 2007);
secretário-geral adjunto da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina
CELAM e do Caribe, em maio de 2007. Criado cardeal por Bento XVI em 2007, Dom
Odilo também atua em órgãos do Vaticano como membro da Congregação para o
Clero, da Comissão Cardinalícia de Vigilância do Instituto para as Obras de
Religiões, do XII Conselho Ordinário da Secretaria do Sínodo dos Bispos, do
Pontifício Conselho para a Família, da Pontifícia Comissão para a América
Latina e do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização. O
Arcebispo esteve presente na Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos
sobre a Nova Evangelização ocorrida em outubro de 2012.
Já Dom Geraldo Majella Agnelo, de 79 anos, Arcebispo Emérito de
Salvador (BA) é o cardeal de maior idade do grupo e com mais tempo no
episcopado, tendo recibo a sagração em maio de 1978. O Cardeal poderá
participar do conclave, que provavelmente terá lugar em março, pois só virá a
atingir a idade limite de cardeal votante em outubro deste ano. Tendo
passado pela diocese de Toledo (PR) (1978-1982) e pela arquidioceses de
Londrina (PR) (de 1982 a 1991), serviu na cúria romana como Secretário
Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos entre 1991 a 1999
quando foi nomeado foi Arcebispo Primaz do Brasil assumindo a diocese de São
Salvador na Bahia em 99. Em 2001 foi criado cardeal por João Paulo II e
permaneceu em Salvador até 2011, quando foi sucedido por Dom Murilo Krieger. O Cardeal
Majella também foi nomeado membro da Pontifícia Comissão para a América Latina
(1994), do Pontifício Comitê para os Congressos Eucarísticos Internacionais
(1997) e dos Pontifícios Conselhos para os Migrantes e os Itinerantes e dos
Bens Culturais a Igreja. Votante no conclave que elegeu Bento XVI o Cardeal
Majella também serviu como presidente da CNBB entre os anos 2003 e 2007.
Finalizando a lista está o recém criado Cardeal João Braz de Aviz, atual
Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades
de Vida Apostólica, quem recebeu o barrete cardinalício no consistório público
de 2012. Antes de servir na cúria romana o Dom João Braz foi Bispo de Ponta
Grossa (PR) de 1998 a 2003, Arcebispo de Maringá (PR) de 2003 a 2004 e arcebispo
de Brasília (DF) de 2004 a 2011, quando mudou-se a Roma para assumir seu cargo
na Santa Sé, sucedendo assim o Cardeal Franc Rodé. Na Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil o prelado foi membro da Comissão Episcopal Pastoral para a
Doutrina da Fé e vice-presidente das Edições CNBB. Dom Braz de Aviz destacou-se
em 2010 pelo seu empenho à frente da organização do XVI Congresso Eucarístico
Nacional que aconteceu em Brasília, ano do cinquentenário da capital federal
cujo delegado papal foi o Cardeal Claudio Hummes.
FONTE: (http://www.acidigital.com/)
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