Muitos dos fiéis presentes portavam bandeiras de diversos países ou traziam faixas ou cartazes com mensagens e agradecimentos escritos em diferentes idiomas.
Quando o Papa apareceu na janela de seus aposentos, os mais de cem mil peregrinos que lotavam a Praça e ruas adjacentes o aclamaram longamente com vivas e aplausos.
O Papa iniciou sua tradicional homilia comentando o Evangelho da Transfiguração do Senhor, narrado por São Lucas. Ele lembrou que o evangelista põe em relevo o fato de que a Transfiguração de Jesus deu-se enquanto ele estava rezando, quando Nosso Senhor estava mais unido ao Pai, em oração, recolhido no alto do monte Tabor na companhia de poucos discípulos, Pedro Tiago e João.
O Santo Padre afirmou que ao meditarmos essa passagem podemos tirar algumas lições para a vida espiritual: "Antes de tudo, a primazia da oração, sem a qual todo o trabalho de apostolado e de caridade se reduz ao ativismo. Na Quaresma, aprendemos a dar o justo tempo à oração, pessoal e comunitária, que dá fôlego à nossa vida espiritual. Além disso, a oração não é um isolar-se do mundo e de suas contradições."
Recordando sua Mensagem para a Quaresma, Bento XVI disse que a vida cristã é um contínuo subir do monte do encontro com Deus. É um subir desse monte para depois descer dele trazendo o amor e a força que dele derivam, e assim poder servir nossos irmãos e irmãs com o mesmo amor de Deus.
Bento XVI quis, então, com a mesma calma, tranquilidade e segurança com que vinha conduzindo a Audiência, aplicar os ensinamentos do evangelho de São Lucas para si:
"Queridos irmãos e irmãs, esta Palavra de Deus eu a sinto de modo particular dirigida a mim, neste momento da minha vida. O Senhor me chama a 'subir o monte', para me dedicar ainda mais à oração e à meditação.
Mas isto não significa abandonar a Igreja, pelo contrário. Se Deus me pede isso, é precisamente para que eu possa continuar a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor com o qual eu fiz até agora, mas de um modo mais adequado à minha idade e às minhas forças."
"Não abandono a Igreja, pelo contrário. Continuarei a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor": palavras de Bento XVI pronunciadas em seu último Angelus como Pontífice.
Peregrinos de língua portuguesa
Para os peregrinos de língua portuguesa o Papa disse em sua saudação: "Queridos peregrinos de língua portuguesa que viestes rezar comigo o Angelus: obrigado pela vossa presença e todas as manifestações de afeto e solidariedade, em particular pelas orações com que me estais acompanhando nestes dias. Que o bom Deus vos cumule de todas as bênçãos".
Traduzido:
FONTE: (http://www.gaudiumpress.org/)
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